segunda-feira, abril 30, 2007

Eu = Ri + mar











É um erro acreditar
que tudo vai mudar
quando se fica a ver
que ninguém quer saber
se tu és gente
ou ser demente
que mente repetidamente
na pouca vontade
que se tem
em voltar a repetir















Mas repetes
prosas e poesias
alegrias e contradições
emoções delicadas
em páginas arrumadas
nos livros escondidos
por entre sentidos precisos
de pensamentos certeiros
que escondem os policias sinaleiros
da vontade constrangida
de quem escreve poesia
e acerta na alegria
de quem diz uma mentira
e acredita que é verdade
essa saudade que se tem
em dizer a ninguém
que eu também
... um dia fui alguém










Alguém
que escreve sem sentido
preciso ou incorrecto
perfeito ou pouco certo
válido ou funesto
e no entanto,
o deveras e o portanto,
quando se quer dizer
o que se pensa ter
numa palavra reduzida
a uma silaba despida
sem sentido ou outra via
que não seja a ida
daquele que encontra
o que não precisa
na palavra vazia
que tu aqui
ainda agora
... ficaste a ler


(...)


Acho que este poema termina
como aqui ele começou
sem sentido mas alguma rima
num pouco daquilo
que aqui eu sei que sou


NOTA: Apesar da nostalgia e da melancolia que por
aqui as palavras por vezes acentuam... eu sou essencialmente
isto ... soRIsso e MAR

NOTA: Fotos do local onde nasci !!

segunda-feira, abril 23, 2007

M, e outras letras...







" Talvez apreciadora e queM sabe
da deMora no passar do teMpo
na certeza do licor que se verte
na folha que respira o laMento






És, talvez uMa sinzela entoação
no reflexo de uMa frágil pujança
onde uMa voz suave e agreste
Mescla o tiMbre de uMa criança
















FuMas talvez a cinza das nuvens
e lavas-te coM a chuva do diabo
escreves poesia seM Música
à soMbra de uM sol envergonhado




Triste, ou só, talvez Mera ilusão
de queM encontra o que não procura
parecendo estranha a coMparação
entre ti, a tua pessoa...,
a doença e a cura










LeMbras-Me alguéM que eu conheço
e és na cor um soM vagaMente faMiliar
pastas os teus desígnos com apreço
e talvez até no ter
tenhas uMa beleza singular



QueM és tu, que Me escreves, seMpre
de que letra flui a Minha curiosidade
Será que ali a palavra taMM Mente
ou és tu apenas...,
uM lago no Meio da cidade "



NOTA: Eu escrevi este poema,
mas por vezes quando escrevo sinto que sou uma outra pessoa..,
é isso que significam as aspas

quinta-feira, abril 12, 2007

Fico..., ou deixo-me ficar







Fico mudo,
preso ao silêncio que me invade
Imóvel e inerte,
Espreito-A, sem sequer a tocar

Olho e vejo,
a luta que com ele eu travo
Peço e desejo,
um barco que me possa salvar









Entre dois titãs
o destino rende-se à evidência
Que ao espelho revela
silhueta sem sombra
Encaro a situação
com um olhar de esperança
No local onde uma linha traçada,
dita o destino
de um sonho que tomba









Será assim tão difícil
dizer-te que não é fácil
Arranjar coragem para escrever
meia duzia de letras apenas
Numa palavra feita mensagem
de um apelo distante ao passado
onde o verbo é um simples sonho
de letras escritas ao acaso









E sem cessar
o combate ainda se trava

Luto contra a minha sombra
por um troféu vermelho
Chamavam-lhe evidência
à queda das folhas de prata
Pois talvez ela a elas,
talvez um rapaz
aquele que hoje é um velho
....um velho