Talvez seja esta a hora de um pequeno balanço...
criei esta barca sem saber muito bem para onde ela me iria levar...
ou se algum dia ela iria sair do porto onde foi construida...
mas agora olho para ela com um misto de orgulho e satisfação...
porque ela cumpriu a sua obrigação...
ele levou-me a viajar por mares distantes
e a encontrar viajantes de outros mares
levou-me a conhecer locais que desconhecia
e neles a magia das gentes que os habitavam..
Tu serves para navegar doce barca,
mas fizeste-me voar e sonhar
fizeste-me encontrar e partilhar,
deste-me e deixaste-me dar
E ao escrever estas linhas
percebi que existe mais de que um Pescador
existe a sua barca...

Este é primeiro post do ano,
e junto com ele deixo-vos uma música que adoro,
uma música que me toca...
e porque pensei que era bom começar o ano em Português !!
" Tenho livros e papeis espalhados pelo chão.
A poeira duma vida deve ter algum sentido:
Uma pista, um sinal de qualquer recordação,
Uma frase onde te encontre e me deixe comovido.
Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locais, por que brincas, por que ris
E depois o arrepio, a memória dos afectos
Mmmmmm Que me deixa mais feliz.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...
Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente,
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade.
Mmmmmmm Afinal, eternamente.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste..."
João Gil