quarta-feira, maio 31, 2006

Há um ano atrás ...


Este pescador anda um pouco distante desta barca
tanto que até se esqueceu do seu aniversário.
Um ano , no dia 14 de Maio !!
Já passou um ano desde que esta barca foi lançada ao mar...
...
sem grandes reflexões ou balanços,
apenas vos deixo uma música...
uma prenda para vós,
personagens de mistério e magia, lágrimas e risos
vós, que acabam por ser, de certa forma,
a maré que vai levando esta barca por entre as ondas do mar

Bjs e abraços, doces e sentidos !!
Pescador

segunda-feira, maio 22, 2006

Crash

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" É a sensação do toque.

(...)

Numa cidade a sério tu caminhas, sabes !?!

Roças nas pessoas, elas vão contra ti...

"aqui " ... ninguém te toca




Acho que sentimos tanto a falta desse toque


que

chocamos



uns nos outros
só para sentir alguma coisa "
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It's the sense of touch.
In any real city, you walk, you know?
You brush past people, people bump into you.
In LA, nobody touches you.
I think we miss that touch so much,
that we crash into each other,
just so we can feel something."

Crash, 2005

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I live my life like a 38
Pointed straight but shooting blanks
Killing Angels but they don’t don’t die
I’m heading on a course of change,
Lost my brother on the run
Lost my dignity to one
I blame them others and take none
Am I a man.
I wake up every day in rage
Sore from bumping round my cage
I see my father broken down
He seem so strong up until now
And all the inner conflicts groan
Cause now I question all
I know
And I just need something
I could feel
So
.
If I…
.
Crash in to you
..
And If I…
Dare Not Run away
It’s Cause I…
Need someone to touch
Whether it’s…
Heavenly or pain
And if by…
Chance we don’t collide
Then I’ll…
Take much better aim
It’s cause we
need someone to touch
.
( ... )
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e fico a pensar...
será que por "aqui" também
não fazemos mais do que...
.
"chocarmos"
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uns contra os outros !?!?
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quinta-feira, maio 18, 2006

quinta-feira, maio 11, 2006

Oh mar







Oh mar, doce mar…
Quem te sentiu, oh mar !?!



Não tu, mar azul
De naus partindo à descoberta
De marinheiros e sereias
De corais azuis
e valentes estrelas amarelas



Não o mar de todos os ruídos
Das ondas que morrem na praia
E que levadas até ela foram
Pelos braços de uma maré azul



Não o mar salgado
Das gaivotas e das conchas
Da areia…
e das algas pintadas de verde



Então que mar,
que não este mar !?!



O mar…
Aquele que é mar e não sonho
Que é raiva e angustia
Que é revolta contida
e desejo adormecido



O mar
Que é silêncio e espuma
Lábios sangrados
e lágrimas derramadas



O mar
Do não repartido
e do sonho afrontado
Do desespero repetido
e mil vezes temido



O mar do sal …,
e do teu beijo

Oh mar,



Mas afinal,
quem te sentiu,
oh mar !?!

*

Musica que já tocou aqui, neste post

sexta-feira, maio 05, 2006

Um episódio real

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Na mesa de um café,
perto das salas de cinema,
no Monumental...,

8 de Julho de 1999...

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- E ali ficamos os dois, sentados frente a frente, longe de tudo e rodeados por tantos. Tinha a intenção de me despedir, de dizer que agora já não te amo...., mas as minhas mãos tremiam, e a minha alma espantava-se !! Tu estavas tão diferente. Tão negra e poluída com essa merda de cheiro a tabaco. Tinhas tanto de humano que quase parecia ser um aviso a que não liguei. Falaste primeiro e a conversa foi curta, fria, tão diferente de todas as outras que para trás ficaram..., tudo aconteceu em poucos minutos e de repente eles já lá não estavam, separados para sempre. Tu foste embora e eu fiquei por ali a imaginar o ódio que queria ter sentido mas que não fui capaz. Encostei a minha cabeça ao vidro e vi-te lá em baixo perto da entrada do metro, olhei-te... e deixei-o por ali ficar ...
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... e na mesa ao lado ...
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- Olho para ti como uma pintura, olho a curva do teu pescoço nu pela inclinação da cabeça junto ao vidro, vejo os teus olhos vazios porque não estão lá mas nas costas da mulher para quem olhas, as mãos enroladas amarrando-te as palavras... sim, estou na mesa ao lado e olho alguém que não conheço e que subitamente encosta a cabeça no vidro e se perde para sempre ...

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segunda-feira, maio 01, 2006

Retrato a branco e preto

Mar ...
*

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*
de mim à estrela
um passo me separa
dela ao céu,
o espaço de uma imensidão
*
medir distancias
é ver aves no céu
*
que sem rumo,
*
voam sem direcção
*
*

*

... Agua ...

*

*
Ergo o copo,

e brindo pela vida de uma rosa

que já não o é,

pois cinza é o metro e a cor dela... .

O sol piscou-me o olho

e contou-me uma anedota

mas já me esqueci

só me quero lembrar

o como ela era bela

*

*

... Rio ...

*


Talvez me engane

esse teu olhar

Talvez já não seja certa

a cor do céu

talvez já não faça sentido

haver azul no mar

talvez seja outro o destino,

daquele que ontem

fui eu


... Tejo ...

*


... De mim à estrela

um passo me separa

... e ergo o copo

e brindo pela vida de uma rosa

... talvez me engane

esse teu olhar

... e não seja poesia

aquilo que eu escrevo aqui

em prosa

*


... Azul

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.*

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...engraçado,

agora vejo que foi necessário escrever-te adeus

para te chamar pelo teu nome.

.*

*

nota: hoje, um pouco assim

a preto e branco