Sentada junto a uma árvore, que ali apareceu
Com duas folhas amarelas que o sol tingiu
Com ninhos de pássaros, onde nada nasceu
Junto a uma estrada, por onde alguém fugiu
Não consegue, nem ninguém lhe ajuda’andar
Tudo anda à sua volta, num mundo a ruir
E a falar também não lhe consigo explicar
Que a cura da doença, é apenas tentar sorrir
Será que algum dia existiu, ou ainda existe !?!
Será melhor parar ou continuar a correr ?!?
Sonha com um passado, aonde o futuro desiste
daquela que ela é , e que nunca quis ser ...
Perdida no vazio, não sei o que lhe dizer
Qual é a música que tenho que lhe tocar
Em que papel é que tenho que escrever
Quais são as palavras, que tenho que usar
Com tantos retratos começa a sonhar
Baila num labirinto cheio de revolta
Aonde os espelhos não a deixam lutar
E os reflexos ficam a olhar à sua volta
Do passado não reza um futuro que está perto
Aonde ela pede o sol e amaldiçoa a tempestade
Será sonho, pesadelo, errado ou apenas certo
Será o desejo de um beijo,
ou apenas mera saudade