" Amei-te muito, e eu creio que me quiseste
Também por um instante nesse dia
Em que tão docemente me disseste
Que amavas uma mulher que o não sabia.
Amei-te muito, muito! Tão risonho
Aquele dia foi, aquela tarde!...
E morreu como morre todo o sonho
Deixando atrás de si só a saudade!...
E na taça do amor, a ambrósia
Da quimera bebi aquele dia
A tragos bons, profundos, a cantar...
O meu sonho morreu... Que desgraçada!
E como o rei de Thule da balada
Deitei também a minha taça ao mar..."
Poema de Florbela Espanca..., mas hoje
esta noite... fui eu que o escrevi...
4 comentários:
Não conhecia mas vi essa tarde que, para mim foi uma vida, bem mais que apenas uma. Mas não deito taças ao mar. Guardo a taça suja do doce sangue de uva divina, na espera de um dia poder tragar de novo o vinho perdido ao mar; numa tarde.
?? um dia destes a gente tem de se acertar no raio do facebook.
Florbela teve sempre um dom para as palavras.. e tu para expressares os sentimentos..
temos mesmo que acertar conversas..
bjos doces*
Fazia minhas essas palavras...
Essa escrita!
sem saber quem és, partilho as linhas que postaste!!!
Hum..., ando a dar pouca atenção à minha barca...,
mas ultimamente a vontade tem sido sempre vencida pelo cansaço...
desculpa la barca pela falta de atenção...
;-) !!
Pescador
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