terça-feira, dezembro 23, 2008

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo

Dia de Natal

" Hoje é dia de era bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.


É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.


Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.


Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.


Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas."




António Gedeão






Votos de um Natal cheio de amor,
Bjs doces e um Santo Natal
Pescador

sábado, dezembro 13, 2008

Coragem e integridade

"São cada vez mais raros os homens que marcam uma época pela coragem e integridade. Coragem e integridade, aliás, não são valores muito em voga nos tempos que correm."

Eduardo Dâmaso

domingo, novembro 23, 2008

Tu que sonhas um segundo aviso

Páginas de um livro, de um passado...
talvez outras páginas virão



Este livro marcou-me. Procurava a continuação de um Oscar Wilde que tinha conhecido à pouco, e fui encontrar um vulgar e cinzento dia de Inverno, onde por vezes o sol brilha, mas que quando parece que podemos nele encontrar algum conforto, o céu rapidamente perde o seu guerreiro amarelo e ganha nuvens com a forma da sombra de Lord Henry….
Lembras-te de eu dizer que se ele, o livro, fosse uma mulher, não saberia se haveria de a desejar ou se pelo contrário, sentir por ela a mais profunda das repulsas !?!… Existe um excerto, que é talvez dos mais marcantes, onde a visão que Lord Henry tem da e sobre a vida, me abala profundamente…, pois eu vejo a aplicação prática da mesma em meu redor, todos os dias, por todas as pessoas, em todo o lado.
As páginas deste livro tem um conteúdo falaz, que me surpreende por um lado, e que me assusta por outro. Surpreende-me, visto que as personagens que se desenham em cada palavra e frase, podem ser de todos…, e sendo-o, o são em cada um de nós. Assusta-me, já que deixa em aberto a possibilidade de que o azul seja afinal, resultado da mistura do mar com o céu, e que, com a falta de um…,
Mas o mundo ainda pode estar descansado, pois minha a esperança ainda vive no facto d’eu crer cegamente, que sendo um o reflexo do outro e vice-versa, talvez sejam eles nada mais de que um só.
Assaltado por estas dúvidas artificialmente criadas e embora recusando-o, talvez tenha de aceitar o dogma de que a maioria das cores não são puras, antes mistura de duas, que só juntas fazem uma….
Existe um excerto que me marcou profundamente. Nele, Dorian Gray e os seus amigos vão assistir à representação da peça “Romeu e Julieta”. Nela, o papel de Julieta era interpretado por Sibyl Vane, por quem Dorian Gray se tinha perdido de amores. Ao vê-la representar, dois meses antes, Dorian conheceu o mais profundo dos amores, e ao beijá-la prometeu-lhe a eternidade do seu sentimento, que se expressou no pedido de casamento. Nesta noite, Dorian tinha a intenção de apresentar a sua noiva aos seu amigos mais íntimos e…,
Hum, estou a ficar com sono…, apetece-me dormir…, acho melhor seguir os conselhos destes bocejos tão teimosos e ir-me deitar.
E assim deitei-me e adormeci…, e sonhei…

(...)




O sonho representava-se na esplanada do Monumental. Aí, Luis, vestido de pescador, entrara com Mercútio e Henrique. Da coluna, estratégicamente colocada, ouvia-se o último êxito de um qualquer cantora da moda.
Através da multidão de pessoas, homens de negócios e pitas de liceu tão pouco e mal vestidas, Helena movia-se como uma figura de um mundo superior. Talvez como os anjos se movem sobre as nuvens !! O seu corpo ondulava como uma libélula voga sobre a águas de um lago azul. As mãos pareciam de prata. Contudo, parecia estranhamente despida de vida, vulgarmente abstracta. Não exteriorizou nenhum daqueles sorrisos que lhe eram tão intrínsecos, quando deixava que os seus olhos poussasem nos de Luis. As poucas palavras que proferir foram falsamente alegres, não conseguindo esconder nelas uma entoação seca e indiferente:

« Bom peregrino, escuta, nenhum mal
Fez, se a minha tocou, a tua mão :
Tocando as mãos os santos, os romeiros
Só mostram cortesia e devoção.»

Estas palavras foram ditas dum modo inteiramente artificial. A sua voz era duma delicadeza melosa, contudo, era absolutamente falsa sob a prespectiva da entoação. Faltava-lhe o azul. Ela tinha tirado àquelas letras toda a vida. Ela tinha tornado a paixão vulgar e as palavras tão banais como o são na boca de uma mera e comum mortal .
Luis, estava branco. Olhava para ela, intrigado e confuso, questionando-se, - mas é este o meu anjo !?!.. E nenhum dos seus amigos ousava falar-lhe.
Achavam-na absolutamente vulgar, idêntica a tantas outras que eles próprios tinham no passado amado. Para um anjo, ela for a uma horrível decepção. Todavia, a sua ida à casa de banho poderia desenhar uma possível justificação. Quem sabe se não estaria ela mal disposta !?! Esperaram. Se ela falhasse uma segunda vez, é porque, por certo anjo não seria.
Quando voltou a aparecer, refrescada e com os cabelos ligeiramente húmidos, estava verdadeiramente adorável. Ninguém o podia negar. Porém, reiniciando-se a conversa, cedo todos repararam que a sua pose, a sua voz, as suas ideias eram por demais insuportáveis, e, à medida que a conversa ia avançando, ia sendo cada vez pior. Os seus movimentos eram absurdamente artificiais e ela tinha a mania de dar um ênfase ridiculamente exagerado a tudo o que dizia. A certo momento disse algo que na boca de um anjo seria um uma jóia de diamantes e safiras:

« Se a máscara da noite não cobrisse
O meu rosto, verias como as faces
Me ardem com o rubor do que eu te disse…»


Contudo na sua boca as palavras foram declamadas com a precisão de um cientista e com o coração de uma velha que nunca chegou a ser moça, e que aprendeu a nobre arte da recitação com alguma daquelas personagens negras das histórias de Charles Dickens. Então, quando debruçada sobre a mesa tentou dar uma de mulher fatal…, foi no mínimo cómico, ordináriamente vulgar, só para não dizer cruel.

« Dá-me prazer, é certo, o estar contigo.
É este encontro, porém, tão de repente
E tão precipitado, que eu te digo
Nenhum prazer me dá. É um relâmpago
Que fende os ares, rasga a escuridão
E num segundo morre, bruscamente,
Sem dar tempo a dizer-te: « Relampejar! »
Boa noite, querido! Este botão
Será, quando nos virmos novamente,
Uma soberba flor, que do verão
O bafo acalentou…»


E proferiu as palavras, como se fosse a empregada que à pouco os tinha atendido, ou aquela que lá ao fundo deixava entrar pessoas para as salas de cinema….
Não seriam antes essas os verdadeiros anjos ?
Poderia ser nervosismo. No fundo era a primeira vez que estava com os amigos do Luis. Contudo, ela não estava nervosa, pelo contrário, achava-se arrogantemente senhora de si. Era simplesmente vulgar. Estava a ser uma completa decepção.
Até as outras pessoas que sentadas nem redor, enfeitiçadas inicialmente pelo sua magia e por isso em silêncio, começavam agora a falar em voz alta, a dar atenção uma às outras, a assobiar. O dono do bar, que assistia de pé junto ao balcão, àquela cena tantas vezes ali repetida com sucesso, praguejava e batia furioso com as mãos na caixa registradora, vendo as pessoas a ir-se embora, incomodadas que estavam com aquela imagem que tantas vezes viam quando olhavam ao espelho. A única pessoa que aparentava estar calma perante a sua vulgaridade era a própria Helena.
Após um pequena pausa naquela discussão, e aproveitando o facto da Helena ter ido pedir duas "Judas" ao bar, Henrique levantou-se e vestiu o sobretudo.
- É lindíssima, Luis – disse -, mas é vulgar e tem aquela escuridão que eu via no olhar daquela rapariga de quem tu gostavas. Como é que ela se chamava !?! Cláudia, não era !?! É isso, Cláudia. Pois é, a tua Helena tem essa mesma escuridão, por isso, esquece-a e vamos embora..
- Quero ficar mais um pouco – respondeu o jovem, com uma voz desesperada e seca - Sinto imenso ter-te feito perder a tarde, Henrique. Peço-vos desculpa.
- Meu caro Luis, talvez Helena esteja com algum problema, talvez com os pais, quem sabe – atalhou com sensibilidade Mercútio…, embora o seu olhar discordasse em absoluto das suas palavras.
- Não sei. – tornou Luis. – Mas ela hoje parece-me simplesmente vulgar e igual aquelas tantas outras que para trás ficaram. Ainda ontem, estive aqui com ela, e ela foi simplesmente uma rosa azul. Hoje, uma papoila banal, simples e medíocre.
- Não fales assim de quem amas, Luis . O amor é a musa que inspira a arte, e tu melhor do que ninguém sabe-lo. - lembrou Mercútio.
- Mas o amor morre e a arte é eterna – retorquiu Henrique. – Vamos embora, Luis, para quê ficar aqui mais tempo. Desmoraliza o meu ser ver tanta vulgaridade. A não ser que queiras tirar uma lasquinha e que não te importes com uma mulher igual a tantas outras !?! Porém, tenho que admitir que é encantadora, mas é tão banal e vazia, parece que não sabe nada de nada.. Contudo, como dizia o meu querido professor de Filosofia, só há duas espécies de pessoas fascinantes: as que sabem absolutamente tudo e as que não sabem absolutamente nada. Por isso, meu caro Luis, deixa esse ar trágico e pensa num estratagema que te permita possui-la sem que sejas possuido por um qualquer sentimento. Vem à faculdade comigo e com o Mercútio. Fumaremos uns charros e beberemos à beleza das mulheres.
- Vai-te embora, Henrique – gritou Luis. – Quero estar sozinho. Vai tu também Mercútio. Por favor, vão se embora e deixem-me…
Os seus olhos degladiavam-se entre si, e só a muito custo conseguiu impedir que as lágrimas ganhassem vida. As suas mãos tremiam, quando com elas escondeu o rosto.
- Vamos, Mercútio – rosnou entre dentes, Henrique.
Normalmente estas cenas deixavam Henrique enjoado. E sairam os dois deixando Luis a olhar através do vidro para o trânsito que congestionava o Saldanha.
Enquanto isso, Luis enterrava-se ainda mais no seu banco. Estava pálido, enjoado e indiferente. A espera por aquela cerveja Judas parecia interminável. Apenas duas mesas ainda estavam ocupdas, e delas pouco mais se ouvia do que risadas e alguns grunhidos.
Helena, que tinha estado à conversa com uma colega da equipa de futebol, aproximava-se, trazia como que uma espécie de fulgor de triunfo no olhar. Parecia envolvida por um manto de seda. Os seus lábios entreabertos sorriam a algum segredo só deles conhecido.
Chegada à mesa, olhou para o Luis, e iluminou-se no seu rosto uma expressão de pura felicidade.
- Que achaste de mim, hoje – exclamou ela.
- Não foste tu – respondeu ele, supreendido com a questão – Foste uma outra qualquer !! Estás doente ? O que é que te aconteceu, é porque não fazes ideia daquilo que eu passei.
A rapariga sorriu.
- Luis – respondeu ela, pronunciando-lhe o nome lentamente, com uma voz doce como o mel. – Luis, devias ter compreendido. Mas compreendes agora, não é verdade ?
- O quê ? – perguntou ele, não sabendo ainda se deveria ou não conter a sua raiva.
- Por que é que hoje fui outra. Por que hei-de sempre ser outra. Porque é que nunca mais hei-de ser a outra Helena.
Ele encolheu os ombros. Isto era um sonho e ele a qualquer momento iria acordar.
- Estás doente !?! Quando se está doente não somos nós. Deliramos e dizemos barbaridades. Isso já me aconteceu uma vez, quando tive o acidente em Sines. Sabes, os meus amigos ficaram desiludidos, eu disse-lhes que ia apresentar um anjo e tu hoje foste uma mulher igual a tantas outras que eles conhecem.
Ela parecia não lhe dar ouvidos. Apenas sorria, um sorriso que, como tudo o que até ai tinha acontecido, era vulgarmente banal.
- Luis – exclamou – antes de nos conhecermos no Algarve, agir como um anjo era o único intuito da minha vida. Amar como só anjos conseguem amar era a razão da minha existência. Homens e mulheres, o mar e depois o mundo. Era a Rosa numa noite e a Cristina noutra. A alegria da Filipa era a minha alegria e a tristeza da Iris eram as minhas lágrimas. Acreditava em tudo e em todos. As pessoas diferentes eram a essência dos deuses. O meu mundo eram quadros de Dali e Picasso. Apenas via sombras no chão e julgava-as reais…, esqueci-me das pessoas que apressadas caminham, esqueci-me que elas é que são essência. Mas depois vieste tu – oh, meu belo amor – e libertaste a minha alma da prisão azul em que vivia. Ensinaste-me que a realidade existe. Hoje, pela primeira vez na minha vida, senti e apreciei o vazio, o absurdo e a artificialidade daquilo que me rodeia. Hoje, pela primeira vez, tive a consciência de que adoro o cinzento, que o luar é banal e excessivamente branco, que as multidões a andar sem sentido e sem razão são deliciosamente vulgares e reles e que as palavras só sabem ser fictícias, que não são minhas, e como tal só mentem. Tu trouxeste-me à realidade terrena e obrigaste-me a sair deste meu mundo de sonhos e com isso mostraste que toda a arte é apenas reflexo do banal e vulgar que nos rodeia.. Fizeste-me compreender o amor e o abominável que se esconde no azul. Oh meu príncipe da cidade e do vulgar dia, hoje, quando cheguei ao Monumental, lembrei-me dos momentos aqui passados e que o passado já tinha guardado no aconchego dos seus braços. Pensava que ia ser novamente admirável e que iria pairar como um anjo sobre o olhar encantado dos teus amigos. Mas de súbito fez-se luz na minha alma e compreendi então, que eu não tenho alma, pois sou igual aos outros, àqueles a quem tu chamas de meros e comuns mortais. Para dizer a verdade foi para mim uma revelação deliciosa. Ouvi-os a falar em voz alta, a dar atenção uns aos outros e não a mim, e sorri. Sorri, pois sei agora que eles compreendem o nosso amor. Leva-me, Luis, leva-me para o meio da multidão e deixa que ela me afoge e purifique. Deixa-me representar a paixão que não sinto, só para ti. Oh, meu caro Luis, compreendes agora o que isto significa ? Ainda mesmo que o pudesse fazer, seria para mim um pecado amar-te como uma anjo, pois agora sei que tenho que te amar como uma mulher…, como uma mulher. E foste tu que me fizeste ver isso.
Luis deixou o seu rosto cair como uma pedra sobre a mesa, dos seus olhos, agora castanhos, as lágrimas jorravam livremente.
- O meu amor morreu – murmurou ele
Helena fitou-o, atónita, e riu-se. Abeirou-se dele e afagou-lhe o cabelo. Em seguida, apertou contra os lábios a mão dele. O jovem estremeceu e retirou-lhas logo em seguida. Levantou-se e encaminhou-se para a primeira das muitas escadas que por ali existiam.
- Sim – exclamou – mataste o meu amor. Davas vida e eras vida para a minha imaginação. Ao teu lado o meu corpo vibrava como se tu fosses o seu próprio coração. Amava-te, porque eras maravilhosa, porque tinhas suavidade e inteligência, porque concebias sonhos, dando-lhes forma e corpo. E agora, destruíste tudo. És banal e estúpida. És uma mera estátua de cristal que se derrete como o gelo. Oh, meu Deus, como fui louco em amar-te ! Que parvo tenho sido ! Agora já não és nada para mim. Nunca mas te verei. Nunca mais pensarei em ti. Nunca mais pronunciarei o teu nome. Não sabes o que significavas para mim. Oh, como estou arrependido de ter dito que "sim" ao teu "posso", pois melhor teria sido se nunca te tivesse visto. Tu que eras a minha vida, deixaste-me agora sem ela. Tu que eras a minha luz, deixas-me agora perdido no meio da escuridão. Oh, meu Deus…, que tão pouco tu sabes do amor, se renegas ou deixas cair a máscara de anjo. Quando o eras…, eras única, mágica, esplêndida. Tinhas o mundo aos teus pés pois eras diferente, eras….
A rapariga, lívida, tremia. As mãos pareciam querer falar e a voz parecia prender-se-lhe na garganta.
- Não estás a falar sério, Luis ? – murmurou. – Estás a representar, não estás !?!
- A representar !?! Não, essa tarefa, deixo-a para ti. Tu faze-la tão bem… - respondeu ele com um tom de voz, onde a raiva e o ódio se misturavam.
Ela levantou-se então, e com uma expressão de dor no rosto, atravessou a sala e abeirando-se da escada, aproximou-se dele. Pousou a mão no seu braço e fitou-o nos olhos. Ele repeliu-a.
- Não me toques ! – exclamou.
A rapariga soltou um gemido mudo, caindo em seguida no chão, quase que aos pés de Luis, ficando numa posição com o seu quê de religioso…, ela parecia pedir perdão.
- Luis, Luis, por Deus que não me abandones !?! Sinto muito ter representado esta nova Helena, mas ao fazê-lo, pensava constantemente em ti. Mas é que esta nova Helena apareceu tão de repente, possuiu-me e pensei que tu gostasses. Acho que nunca teria acontecido, se tu não me tivesses beijado. Beija-me outra vez, meu amor. Quebra o feitiço, mas por Deus, que não me deixes. Eu não poderia suportar o teu abandono. Oh! Não me deixes!
Ele olhava para ela com desdém, aquela figura parecia, agora, não lhe dizer nada.
- Uma brincadeira, fui tudo uma brincadeira, é isso, eu estava apenas a brincar…. Mas tu não me podes perdoar por hoje ? Afinal, foi só por uma vez que não te agradei. Mas tens razão, Luis. Eu sou um anjo, e foi tolice minha pensar que eu podia ser igual aos meros e comuns mortais. Foi tudo uma tolice minha que eu não pude evitá-lo…. Não me abandones Luis, por favor….
Começou então a chorar, parecia um animal ferido…, e o sangue vermelho derramado sobre o verde da savana era substituido por um agora barulhento e agustiante convulsar. O chão era definitivamente o seu leito. A sua jazida. Luis observava com os seus olhos castanho esverdeados. A admiração tinha sido substituida neles, por algo que parecia desdém. Uma subtil e supreendente e expressão desdém.
A sempre um quê de ridículo no rosto daqueles que deixámos de amar. Helena parecia uma personagem tirada de uma qualquer peça dramática de Tennesse Willians. Os seus olhos borrados, o seu agonizante choro aborreciam por demais. E um ligeiro bocejo desenhou-se na sua boca.
Há sempre o que quer que seja de ridículo nas emoções daqueles que deixámos de amar. Helena parecia-lhe absurdamente melodramática. As suas lágrimas, os seus soluços enfadavam-no.
- Vou-me embora – disse ele por fim, num tom de voz arrogante e vazio.– Longe de mim querer passar por mauzinho, mas já não te quero ver mais. Na verdade, foste uma decepção, uma insensível e cruel decepção.
Ela chorava de forma muda, e cabisbaixa, arrastou-se para um dos cantos da sala, parecia procurar um abrigo. As suas mãos, ainda singularmente brancas, apesar de segurarem o chão, pareciam procurar por ele. Mas ele olhou mais uma vez para ela, virou-se, e saiu….”









NOTA: Este texto foi plagiado do Livro de Oscar Wilde "O Retrato de Dorian Gray" ..., mas também foi um texto imaginado, vivido e sonhado...



sábado, outubro 18, 2008

VENDE-SE !!

...






BARCA EM BOM ESTADO



CHEIA DE SONHOS E ILUSÕES


MEMÓRIAS E PALAVRAS AMIGAS.


MUITAS RECORDAÇÕES E BONS MOMENTOS


CONFIDÊNCIAS E PARTILHAS.


PINTADA EM TONS DE AZUL


E COM BOAS ÁREAS.


A VIZINHANÇA É FABULOSA


E O PÔR DO SOL INESQUECÍVEL....





BOM NEGÓCIO


CONTACTAR:








Pescador

terça-feira, setembro 09, 2008

TRILOGIA: AS CRÓNICAS DA GLOBALIZAÇÃO








A POBREZA




















O SABOR QUE O OLHAR TEM
NO SABOR AMARGO DA FAVELA
SEM ABRIGO ELE AQUI VEM
NO OLHAR NÚ QUE EU VI NELA







TEM UM SABOR ESTRANHO
O POBRE E A SUA MISTELA
SABE A ESGOTO E A RANHO
O SABOR DO NOJO NA PANELA












SABE À PEDRA DA CALÇADA
DESCALÇA E SEM NINGUÉM
O PALADAR QUE SE OLHAVA
O SABOR QUE O POBRE TEM







NESTE MUNDO DE IGUARIA
ONDE O SABOR É COZINHADO
CORTA-SE COM SAL A VIDA
PARA TEMPERAR O AMARGO








SABE A SUJO O DESGOSTO
NO PALADAR QUE SE ENTRANHA
ONDE O POBRE É UM ROSTO
COM SABOR A RESTO DE BANHA







ESTRANHO ESTE SABOR DESPREZADO
DE UM HOMEM TIDO COMO IGUAL
NUM MUNDO SÓ E GLOBALIZADO
ELE SABE A PAPEL DE JORNAL





















O DESEMPREGO











UM OLHAR NEGRO
DISSE-LHE TUDO

PODES IR,
NÃO TENS QUE VOLTAR

O CHÃO ERA FRIO
E FICOU DURO

COM O CORPO
QUE AS LÁGRIMAS
TEVE QUE SUPORTAR






****






PERDE-SE O RUMO
E A GARANTIA

NUMA ESTRADA
COM LUZ APAGADA

TROCA-SE A FORÇA
PELA APATIA

NA FORMA VAZIA
DE UMA CARTA FECHADA






****





O EMPREGO PERDIDO
FOI-LHE LEVADO


PELA GANÂNCIA
DE QUEM QUER TUDO


DEIXARAM-LHE MIGALHAS
NUM OLHAR MARCADO

POR UMA SOMBRA
DESPIDA DE FUTURO


























O MEDO...















OLHO PARA O FUTURO
QUE JÁ FOI
E FICO COM MEDO
DAQUELE QUE VEM
UMA MÃO DADA
NUM OLHAR QUE DÓI
PELA CRIANÇA
QUE NÃO SE TEM






PASSO A CORRER
POR ALI SEM PARAR
PARA CHEGAR AQUI
AO MESMO LADO
NUMA RODA VIDA
SEM VIDA A RODAR
ONDE FICA O PREÇO
DO VALOR DE MERCADO







O MEDO DE FALHAR
VAI AGARRADO
NUM OLHAR
QUE NÃO É MEU
PELO MEU AZAR
NO TEU MARCADO
ENCONTRO O MEU PECADO
MAS DIGO SEMPRE
QUE É TEU







ESTE MEDO
DE CHEGAR ATRASADO
A UM TEMPO VERBAL
SEM FUTURO
ESCONDE O QUÊ
DE QUEM É PINTADO
COM A CINZA
DE UM OLHAR DURO







TENHO MEDO
QUE O DESTINO NÃO ME CHEGUE
E QUE EU SEJA FRACO
Á SOMBRA DO MEU SER
TENHO MEDO
PELA "FOME" E PELA "SEDE"
TENHO MEDO,
MEDO

DE NÃO PODER "SER"...

quarta-feira, agosto 06, 2008

SENTIMENTOS IR -RACIONAIS



DESAPRENDI PORQUE
JÁ NÃO CONSIGO







ENCONTRAR TUDO AQUILO
QUE JÁ NÃO É






GRITO E SACUDO
AQUILO QUE VEIO COMIGO



JUNTO DE QUEM UM DIA
FUGIU COM A FÉ

.....................




APRENDI NO ENTANTO
QUE JÁ SABIA


SEM VER QUE O MUNDO
JÁ NÃO O ERA


GRITEI À SOMBRA
DAQUILO QUE QUERIA




PELO QUERER QUE FOI
NO QUERO QUE TE ESPERA







......................







ENTENDI AGORA
O QUE NÃO BASTOU




PARA ME ENGANAR
E DEIXAR-ME ENGANADO




POIS FORAM TROVAS
A RIMA QUE ELE CANTOU





NA HORA QUE CHEGOU
PRESA AO MEU ATRASO



.....................



COMPREENDI PORÉM
QUE O SONHO FUGIU






PARA AQUELE MUNDO
EM FORMA DE QUADRADO





TUDO PASSOU AO LADO
NUMA FUGA
SEM DESVIO




COMO SE NÃO FOSSE BOLEIA
UM POLEGAR LEVANTADO




...........................



E AGORA REAGI
A UM ACTO DESESPERADO


POR COMPREENDER
QUE FOI APENAS CINEMA








ESTA NOSSA PEÇA
FEITA SONHO ENSAIADO





SOBRE A ILUSÃO
QUE EXISTIU NUM POEMA

terça-feira, julho 22, 2008

Miuda...

PARA TI MIUDA



UMA MÚSICA






UMA ROSA




















UM ABRAÇO





e algo mais...


porque em tempos eu escrevi nesta barca que...


« a amizade é a mais bela forma de amor,


porque é gratuita e intemporal,


não precisa de promessas nem de carne,


não se desfaz com zangas


e não se desvirtua com o tempo” »





E SABES UMA COISA MIUDA

ULTIMAMENTE NÃO TENHO SIDO GRANDE AMIGO

E APESAR DE SABER QUE EXISTE UM ESTRANHO LAÇO,

QUASE QUE INQUEBRÁVEL, ENTRE NÓS DOIS...,

EXISTE ALGO QUE EU JÁ NÃO TE DIGO À ALGUM TEMPO

EU TE ADORO...





Um bj doce bem no fundo da tua alma



PS: É só para dizer que vou estar sempre aqui para ti...



sábado, julho 19, 2008

Houve alguém que um dia escreveu…

... “ No coração talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta
Na total consciência nos retalha










O desejar, o querer, o não bastar
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.”



domingo, junho 15, 2008

DROPS OVER R...





ESCREVO-TE DEVAGAR COM PRESSA ...




PORQUE CORRO PARA LONGE PARADO
BRINCO COM ALEGRIA CHORANDO
PORQUE PERDI O QUE ME FOI ACHADO









REAGO COM UM LAIVO DE INÉRCIA
AO CONTRASTE DAQUILO QUE É AFIM
PERCO A VONTADE EM FAZER NADA
NO PRINCIPIO QUE NASCEU DO FIM













E SE POR CASO FOR DE PROPÓSITO
ENTÃO VEJO-TE COM UM OLHO FECHADO
AQUELE TESOURO VASTO E IRRISÓRIO
DO FUTURO QUE ME LEVOU O PASSADO

















E SE TU VOLTAS MAS JÁ NÃO CHEGAS
LUA QUE O SOL NÃO DEIXA MORRER
DEIXO-TE... ENTRE BALAS E SETAS
PROTEGIDA DAQUELE
QUE AMA SEM QUERER
...










TU ÉS O CONTRASTE DE UM SIMPLES REFLEXO
COMO SE FOSSES O QUE JÁ NÃO SE É
ONDE EU PROCURO O QUE NÃO ENCONTRO
NA NOITE DE QUEM UM DIA CRENTE
... PERDEU NO AMOR A FÉ







.....








ESTE POEMA É REFLEXO DE UM ESTADO DE ESPIRITO
MAS TAMBÉM É UM SINAL, UM GRITO... UM DIZER-TE:
ESTOU AQUI...
MEIO PERDIDO PORQUE DE REPENTE SINTO QUE CHEGUEI
A UMA ENCRUZILHADA DA VIDA OU NA VIDA...
ASSUSTADO...
...
NÃO ME ESQUEÇO DE TI...
NÃO ME ESQUEÇO... ACREDITA QUE NÃO...
AS PALAVRAS É QUE CUSTAM A SAIR...
TU ÉS ESPECIAL...tão especial...
BJS COM SABOR A SAL, O SAL DO MAR E DA VIDA...
PESCADOR


quarta-feira, maio 07, 2008

M. A. R. T. A.



E SE UM DIA EU TE ENCONTRAR NUM SONHO
NUM ESPAÇO VAZIO CHEIO DE NADA
EI-DE-TE REVELAR AONDE EU PONHO
A COR QUE ME TROUXE A TUA LÁGRIMA






E SE ESSE INSTANTE SE FIZER ETERNO
NAS FOLHAS DO OUTONO QUE TEIMAM EM CAIR
SEI QUE VOU SENTIR NA PELE O INFERNO
DA CHUVA QUE A SEDE ME TROUXE A RIR










MAS AGORA,
QUE O TEU SORRISO DISTA DO MEU SER
COMO SE A LUA JAMAIS PODESSE SER VISTA
ESCONDIDO ELE FICOU LONGE SEM QUERER
DA MUSICA QUE NASCE
DAS MÃOS DE UM ARTISTA







SÃO ENGANOS COM ME DEIXO ENGANAR
ESCREVO DE PERFIL SEM SEQUER O TER
PERCO O TEU RASTO NAS MARGENS DO MAR
NA ILUSÃO DO SOL QUE A LUA APARENTA SER




MAS TERMINA AQUI,
AQUILO QUE SE QUIS RECUSAR
COMO SE A VIDA FICASSE TODA PARA TRÁS
A TUA FOTO DIZ-ME NÃO
E EU DEIXO DE OLHAR
PARA TI QUE UM DIA...,
ME QUISESTE TRAZER A PAZ








SIMPLES ANOTAÇÃO:
ANDEI A PASSEAR PELO PASSADO DESTA BARCA E REPAREI QUE TU VAIS FICANDO DISTANTE....
COMO FOSSES UMA GAIVOTA QUE SE VAI AFASTANDO EM DIRECÇÃO AO HORIZONTE...
A RESSACA FICOU LÁ PARA TRÁS, NA ESQUINA DE DUAS RUAS QUE UM DIA SE CRUZARAM...
JÁ NÃO TE SINTO TÃO PRESENTE COM A MESMA FREQUÊNCIA COM TE SENTIA....
OLHAR O MAR DEIXOU DE TER AQUELE SABOR AMARGO, QUE POR VEZES TINHA...
TENTAR PERCEBER A MAGIA QUE TINHA O TOQUE DA TUA MÃO, VAI SENDO SUBSTITUIDA
PELA LUTA QUE SE TRAVA COM A IDADE PARA PODER CONTINUAR A GUARDAR NO BAU DAS MEMÓRIAS, TODAS
AS LEMBRANÇAS QUE EU TENHO DE TI...SEM PERDER UMA SEQUER !!
...
DE CERTA FORMA, SINTO-ME CONDENADO..., A UM VAZIO QUE FICOU POR PREENCHER, A UMA AUSÊNCIA
QUE NÃO SE EXPLICA, QUE APENAS SE SENTE.
NUMA ERA ONDE TUDO É TÃO EFÉMERO...
ESSE DIA CHEGOU ... !?!
SERÁ QUE ESTA BARCA VAI CONTINUAR A EXISTIR ... PARA ALÉM DE TI...


QUANDO TU ERAS A PRINCIPAL RAZÃO DA SUA EXISTÊNCIA...

ESTRANHA ESTA SENSAÇÃO DE ALIVIO, AGORA QUE AS NUVENS NEGRAS SE ADENSAM NO MEU HORIZONTE !!

domingo, abril 20, 2008

A vida...

" Para mim, saber que tenho só uma vida para viver num universo que também só tem uma, oferece um paralelismo poético.


A vida é preciosa !


Só temos cada dia, cada pessoa que encontramos , cada experiência - nada mais.


Desgosta-me que tanta gente atravesse a vida alienada, sem perceberem que é a unica oportunidade que têm, que não haverá outra."


Jonh Wheeler, 1911-2008



por vezes tenho a ligeira impressão de que não estou a aproveitar esta oportunidade...

domingo, abril 13, 2008

Sad Eyes





São tristes os "teus" olhos...
















PS: Afinal o tempo vai ser mais longo...
afinal os três meses vão ser quase oito meses...
talvez só volte aqui com a mesma frequência de outrora, para
o ano que vem...
nos entretantos..., vou tentar usar um outro mar
para chegar a esta tão minha doce barca.
Morro de saudades de poder vir aqui com frequência
e sem constragimentos...
bjs doces e abraços para todos que por aqui continuam
a navegar e ....
um beijo especialmente doce para algumas personagens que ocupam
no meu coração um lugar especial.
Pescador


sábado, janeiro 19, 2008

Intervalo



ATÉ UM PESCADOR TEM CASA EM TERRA E ESTE PESCADOR VENDEU A SUA ... E AGORA ANDA A PROCURA DE UMA CASA NOVA !! POR ISSO ESTE POST TALVEZ SEJA O ULTIMO DURANTE OS PRÓXIMOS 3 MESES..., MAS DEPOIS EU VOLTO !!

NO FUNDO ESTE INTERVALO ATÉ VEIO EM BOA ALTURA..., PORQUE VOU APROVEITAR E VOU FAZER UMAS ALTERAÇÕES NESTA BARCA. JÁ SÃO MUITOS MESES DE MAR E ELA JÁ PRECISA DE PASSAR ALGUM TEMPO NUM CAIS EM REPARAÇÕES, PINTURAS, ETC...COMO JÁ DISSE, VOU..., MAS VOLTO, NOS ENTRETANTOS, PEÇO A QUEM ME VISITA PARA IR TOMANDO CONTA DESTE MAR...
BJS DOCES E ABRAÇOS APERTADOS E ... ATÉ JÁ
PESCADOR

segunda-feira, janeiro 07, 2008

O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.


" Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca. "

(Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela')





" Tenho contudo para mim ,e cada vez mais ,que o amor é um sentimento libertador e porventura das maiores fontes de motivação humana.Acho que amamos como estamos na vida e crescemos no tempo de vida na forma como entendemos e manifestamos amor.Alguém disse um dia que "deixo livre os que amo porque.."porque sim, digo eu! "

(M.)


" Creio que a essência do amor verdadeiro esteja na sua própria liberdade, equilíbrio e tranquilidade, de um dar... dando-se... transparente, sem egoísmo e sem receios, onde crescemos com ele, e com ele se enraíza laços de cumplicidade, partilha e de respeito... "

(Aran)


" ... alguém disse algures no tempo e no espaço que possuir o amor é como tentar segurar nas mãos um monte de areia, se as abrires demasiado a areia fugirá, mas se fechares as mãos totalmente ela também conseguirá fugir. deixar as mãos meias abertas e dar a liberdade e o espaço que ela precisa,mas fechadas o suficiente para proteger, assim ela não foge."

( Iruvienne)


Por vezes um post cresce ....
Deixo um pouco do muito que trouxeram para este post...,
espero que me permitam ter feito estas citações sem um pedido prévio
Três beijos ...
Pescador