segunda-feira, julho 27, 2009

DES_ESPERO



ela foge da alegria que não fica
pelo vazio da vontade em querer
desculpa-se ligeira de quem critica
por conta daquilo que queria ter




tenta encurtar o rumo que lhe foge
e amarga aquilo que não foi um erro
guarda aquilo que ninguém escolhe
gritando a dor à luz de um segredo











pesada a distancia que voa sem destino
na brisa quente que ecoa em silêncio
trazia na boca a rosa e o espinho
e na alma a dor de um só lamento






Foi ela aquela que nela a separa
da linha que nasceu do desespero
Choraste a dor às mãos de uma alma
com a chuva que a cair eu espero












quarta-feira, julho 22, 2009

ESTRANHA E RARA CATEGORIA DE AMIGA


HOUVE UMA DIA, AQUI NA BARCA,


EM QUE EU DISSE QUE IA SENTIR A TUA FALTA !!
E SENTI, MUITO MAIS DO QUE AQUILO



QUE EU DEMONSTREI OU DEIXEI TRANSPARECER !!
HOJE REENCONTREI-TE,



NA CONFIANÇA QUE VOLTASTE A DEPOSITAR NAS MINHAS MÃOS,






E NA DOR QUE EU SENTI AQUI DENTRO POR TE VER A SOFRER,

E NÃO PODER FAZER NADA !!
APENAS CONSOLAR-TE COM PALAVRAS
TU ÉS ALGUÉM QUE EU TENHO A CERTEZA


QUE EU CONHEÇO DESDE SEMPRE, DOUTRAS VIDAS ...


EM OUTROS MUNDOS !!
HOUVE UM DIA EM QUE EU PENSEI QUE TE TINHA PERDIDO ...
MAS HOJE EU TENHO A CERTEZA



QUE NÓS NUNCA NOS VAMOS PERDER UM DO OUTRO !!
POR VEZES SINTO-ME COMO O TEU ANJO DA GUARDA ;-) !!
MAS HOJE TROCAVA TUDO PARA NÃO TE OUVIR A CHORAR,



PARA NÃO SENTIR ESSA TUA DOR TÃO SINCERA E ANGUSTIANTE,


HOJE GASTAVA OS TRÊS DESEJOS CONTIGO !!
MAS TU ÉS UMA MULHER FORTE



QUE VAI DAR A VOLTA POR CIMA,






PORQUE QUALQUER QUE FOSSE A DECISÃO
ELA IRIA SEMPRE ESCONDER UMA DOSE BRUTAL DE AMOR
E UM NADA ABSOLUTO DE EGOISMO.
EXISTEM AMIGAS QUE DEVEMOS AMAR







E TU PERTENCES A ESSA ESTRANHA E RARA CATEGORIA

;-)


BJS DOCES DE QUEM TE QUER MUITO


E QUE NESTA SEMANA NUM DIA QUE AINDA HÁ DE CHEGAR,
HÁ DE ESTAR AO TEU LADO,

A SEGREDAR UMA COISA DOCE AO TEU OUVIDO

;-)

PESCADOR




domingo, julho 19, 2009

As cartas que eu nunca te enviei - Vol.1



Olá Mar...!!

...
Por vezes deixo-me ficar aqui, sentado na minha cama a pensar nela...., a pensar em ti, a tentar lembrar-me da segunda vez...
Da segunda vez que te vi..., que a vi..., a ela.
Quando te vi, bronzeada, estendida na areia, pensei que beleza é algo que assume contornos estranhos, e que a visão é tão facilmente vitima das bebedeiras do sentir.
Contudo estas divagações perdem razão de ser porque a minha existência actual é passado, e não posso orientá-la por aquilo de que tenho medo, tanto mais, que no fundo e à primeira vista eu não tenho nada, a ser esta visão de ti, quando te vi assim, pela segunda vez.
Sabes eu quis....,
eu quis naquele momento aproximar-me de ti e dizer olá, e sabes, fi-lo, mas fi-lo porque talvez a ausência que nos consome quando a espera de algo nos atormenta, se torna num querer que foi suficentemente forte para abafar a minha então tão estranha timidez e ou falta de coragem.
Mas no entanto, tive medo ao aproximar-me, medo de que te apercebesses que eu tremia, pois embora tivesses ali deitada, eu sentia que tu eras ela, aquela que dava forma à coragem para não fugir da metade que nos completa, a forma que nos leva a transcender esta existência mundana.
Naquela praia, trazida pelo vento foste uma carta que chegou trazendo vida em forma de letras, uma vida que era despida de palavras e frases. Ali deitada eras música a ecoar nos meus ouvidos. E bastou que esta fosse apenas a segunda vez que te via..., bastou que eu entendesse que contigo tudo era anormal, que eras capaz de me levar a entender o inexplicável, a voar criando asas no meu coração.
E eu voei, agarrado a sensações que transcendiam aquela praia que apesar de tudo era o centro do universo. E foi navegando neste olhar para ti que eu ouvi a tua resposta ao meu olá.
Chamaste-me e eu vim, dizeste para me sentar aqui, ali ao teu lado, e eu lá estava, sentado. Porém, quando dei comigo sentado ao teu lado a trocar algumas impressões com alguém que estava a ver pela segunda vez, sobre o tudo que existe no nada, sobre o azul e a madrugada, foi nesse preciso momento, que percebi que me estava a perder...., a perder nesse mundo novo, único e irreal, que existia somente quando eu olhava para ti, para esse olhar profundo, intangível e talvez tão pouco teu..
Agora que eu olho para trás, tenho a certeza que quando te vi deitada na praia, naquela segunda vez, foi nesse segundo feito uma eternidade que me apaixonei , e foi nesse preciso momento que eu me perdi.
Em segredo, de quem sabe que se está a perder.
Bjs
Pescador




Finais de Agosto de 1997

segunda-feira, julho 13, 2009

Divagações à margem de um mail confuso







Não…,
não está a chover
nem sequer é Novembro
E as folhas secas
pintam as flores no Jardim
E eu tenho a certeza
daquilo que eu me lembro
Existe sempre um princípio
a seguir a um fim













Enganas-te se pensas
que a vida sumiu
Pois esta noite
é uma tarde de Verão
Onde a água na praia,
foi o fim de um rio
E o anel sem dono,
a chave do teu coração





...




Olha…,
às vezes o vento é cruel
e traz-nos a dor
E quando ela vem eu fujo
e escondo-me na multidão
E recordo sem sentido
que se sente sempre o amor
Mesmo quando ele desaparece,
e deixa a dor no coração

Esta estrofe é
mas não foi feita para chorares
Porque o sofrimento era dela
e a noite também
E aquele que te fica a falar
Palavas que pintam de azul o mar
Não existe…,
não existiu…,
não é ninguém

 

domingo, julho 12, 2009

TU...


 
Tu, que te escondes atrás de um livro aberto
à margem de um sotaque com açucar
preso a um passado,
que perto fica quieto
junto a um ecrã,
que se mexe só sem vida





" São de veludo as palavras
Daquele que finge que ama "


















" A gente vive na mentira

Já nem dá conta do que sente"








Tu, que soletras um mundo de silêncio
à sombra da luz tapada pela lua
tocas a minha alma
com gotas de incenso
mudas os sentidos
que nascem na rua































Tu, que mergulhas fundo na ausência
da palavra que foge do lamento
encontras nela
a razão da demência
que um grito tem
num quarto escuro e mudo



" Que ter um coração que mente"

Tu, que encontras a razão perdida
para desistir e não voltar a tentar
deixas-te ficar quieto e mudo
presa ao um passado
que já não quer voltar
 





tu...




NOTA: Tu, que lês estas palavras... que estás ai, por detrás
das tuas palavras, olhando um monitor...

quinta-feira, julho 09, 2009

vida tão estranha...


nestes meses que passaram escrevi muito...


dezenas de posts poderiam ser "pintados" na Barca, com tudo aquilo que já escrevi !!
E no entanto sinto-me preso de movimentos... parece que por aqui os movimentos entram em slowmotion.... .
Custa agarrar as palavras e dispô-las por aqui...
Distancia entre a minha pessoa e a barca aumentou, e apesar do esforço que foram as ultimas braçadas, parece que a distancia ainda não encurtou !!
Não percebo...

E já são tantos os pedidos de desculpa a que me vejo "obrigado"...,
pela promessa de um mail, de uma palavra, de uma visita....
...

medo pelo Pescador, medo que ele volte adormecer...



N.