segunda-feira, agosto 28, 2006

De volta.... ao mundo dos vivos !!

Querem ouvir um segredo...

schiuuuuuuuuuuu...

ouçam...

" Through the mirror of my mind

Time after time

I see reflections of you and me "

+

" (...)

Estes são as últimos sons que derramo sobre uma folha de papel. Um a um, eles voam e sei que nunca mais voltam.
Posso deixar que o vento leve tudo sobre aquilo que vi, tudo aquilo que senti, até mesmo tudo aquilo que nunca existiu, mas duvido que haja tempo.

(...) "

+


" Agora está tudo acontecer com demasiada rapidez, e não consigo encontrar mais folhas…, e o fim é já na página seguinte."

+























+


(...) Não espero que me compreendas nem que entendas.
Tu não o sentiste e, mesmo que o tentasses, não conseguirias imaginá-lo. Estas são as minhas últimas palavras. Um pontão que existiu ali, hoje já não existe. A praia por onde caminhamos ontem, foi hoje engolida pelo mar .
Até o clima rege-se pelos caprichos de uma criança. Hoje chuva, amanhã neve. Ontem nevoeiro, para semana calor. Dias de vento, seguidos por dias de quietude….

(...)

+

+

" ...

(...)
Depois de algum viver, aprendi a não tomar nada como garantido. Fecho os olhos por um momento, viro-me para olhar para uma flor, e a coisa que estava à minha frente desapareceu de repente. Nada dura, percebes, nem mesmo os pensamentos dentro de mim. E talvez não deva desperdiçar o meu tempo à procura deles. Uma vez que uma coisa desaparece, é o seu fim."

+


" Lembro-me do que ela me disse antes de eu ter nascido. O Amor tinha desaparecido, disse ela, e, independentemente da intensidade com que eu o procurasse, jamais o encontraria. Foram estas as suas palavras. E depois eu disse-lhe que não me interessava o que ela dizia, que eu ia encontrar o Amor. A seguir embarquei naquele terrível viagem e deixei-a. Há quanto tempo foi isso ? Já não consigo lembrar-me. Anos e anos, acho eu. Mas é apenas uma conjectura. Não tenho ilusões quanto a isto. Perdi a minha orientação, a minha humanidade, e nada alguma vez ma restituirá."
+


*

" (...) Uma coisa é certa. Se não fosse pelo meu ódio, não seria capaz de continuar. Tenho sempre que desejar o mais que puder. Querendo mais, só me contento com mais ainda, e quanto mais precisar, mais forças terei para o obter. É isto que ser homem nos faz. Faz com que eu queira viver, e ao mesmo tempo tenta arrebatar-me a vida. Não há fuga para isto. Ou tu te aguentas ou não. Se aguentas…, não podes ter a certeza de o conseguires da próxima vez, embora para mim, cada vez pareça ser mais fácil. Se não aguentas…, nunca mais o voltarás a ser, e morres…, sozinho no meio de uma multidão de máscaras."

+

(...)


" Não sei porque estou a escrever-te agora. Para ser honesto, poucas vezes pensei em ti, nestes últimos dias. Contudo, depois de todo este tempo, sinto que há qualquer coisa para dizer escrevendo e, se não a escrevo rapidamente, rapidamente ela se perderá no que fica para trás. Não importa se vais ler esta carta. Nem sequer me importa se a vou mandar. Talvez tudo se resuma a isto.
Estou a escrever porque tu estás longe e não sabes....
Nunca o soubeste....
Nunca o hás de saber….
Apenas eu sei que o amor...

... é teu para sempre.

Adeus Julieta
deste teu, para sempre, Pescador…."

Obrigado, P.A.

sábado, agosto 12, 2006

off ...

*
*

" Foram tantas as palavras que derramámos,
foram tantos grãos de areia que juntos pisámos….
E à noite, por entre dispersos episódios de uma vida de teatro,
o reflexo do teu brilho na lua,
e a luz dessa lua no meu olhar."
*

*
Vou passar um tempo fora...
no sul ...
em terras de mouros e calor...
talvez enfrentando alguns fantasmas
não sei...

...
"peço desculpa" a quem "devo" palavras
... vou tentar pintá-las antes de partir

Até Setembro...

espero voltar de novo em

"on"


Bjs doces e abraços sentidos

Pescador




quinta-feira, agosto 03, 2006

Há uma gazela olhando

*

*

*

Odiar é na dor
a lágrima d’uma rosa
É "sem" mil vezes desejar
mal a quem amo
É gritar com aquele
que a matar chora
Por entre as margens
de um olhar de medo,
por um deus de olhar profano
*

Quero-te bem e talvez mal...
e não será isso normal !?!
Pois não serei eu gente
no meio da multidão !?!
Ou serei eu diferente
no meio desta gente...
que vive como eu
no meio da luz...,
presa pela escuridão
*

Mas quando sou normal,
sinto-me como água sem sal
Como se fosse um céu azul
a girar sem vida
É como na areia remar,
e ter assim que ganhar
É um caminho horrível,
sem volta, só ida...
*
*
*
*

Será que foi um desejo
aquilo que eu desejei
O caminho trilhado,
talvez apenas fosse uma miragem
De um gigante que fui,
mas hoje já não sei...
Se foi ser audaz no veleiro...,
ou mero jeito de ser ...
...na viagem
*

Há uma gazela olhando,
mas eu não disparo
Estou bem onde estou,
aqui na savana
Mas atento,
reparo num som,
num, diz paro
De alguém ao meu lado,
de alguém que não sou.
*
*

*

*

Acho que todos nós temos um recanto
nas profundidades da nossa alma
que é negro... perverso, assustador !!
...nunca o sentiram ???

...

sou apenas um homem...

imperfeito