Este post serve para eu fazer quatro coisas:
1)Responder aos vossos comentários no post anterior !!
2)Dizer que está para breve o meu regresso !!
3)Mudar a música na barca !!
4)Mandar bjs doces e abraços apertados para quem por aqui ocupa um lugar especial no meu coração...
;-)
Pescador
Por entre ondas vencidas e rotas incertas, sigo o rasto da espuma de um olhar ....
sexta-feira, março 27, 2009
quinta-feira, janeiro 01, 2009
Desencontros....

espaços vazios
enchem-me de dor
pela ausência
de quem não chega
rascunho linhas
despidas de cor
numa soma dividida
numa conta cega
Ela nem imagina
Ele nunca me vai ver

reparo no improvável
que tarda em chegar
como se a perda
fosse um retalho menor
onde o sujeito deixa
o tempo singular
preso a um canto
num remendo sem cor
Se ele sentisse
Só por uma vez
Que paro quando fala
Que rio quando olha
E coro quando é p'ra mim
E quero que me agarre

E aqui me escondo
de quem fica a ver
devorado pela rua
que o beco persegue
As letras pintam
cartas sem querer
sobre o passado
que não se perde

Fingindo não o ver
E a vontade desistiu
à porta num toque
como se a coragem
não tivesse validade
o olhar não foi além
do desejo por sorte
e parado ele ficou
agarrado à saudade

este meu estar
que me consome
deixa me agarrado
e tão pronto
como se a chuva
fosse areia mole
numa doce vaga
que me leva o sonho

terça-feira, dezembro 23, 2008
Feliz Natal e um Próspero Ano Novo
Dia de Natal
" Hoje é dia de era bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.
Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas."
António Gedeão

Votos de um Natal cheio de amor,
Bjs doces e um Santo Natal
Pescador
sábado, dezembro 13, 2008
Coragem e integridade
"São cada vez mais raros os homens que marcam uma época pela coragem e integridade. Coragem e integridade, aliás, não são valores muito em voga nos tempos que correm."
Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
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