Oh sombra que passas indolente pela rua
calada num silêncio vertido na multidão
vais vestida de cinza com a tua alma nua
cruzando o destino com almas sem coração
Procuras o esvaziar da ausência presente
nas esquinas que escondem nele o querer
pela sombra que busca em redor o que sente
nesse teu coração ferido pelo acto de bater
Vês-te presa ao rumo da pedra da calçada
que te leva embriagada para outro destino
onde o sentimento voa contigo arrastada
por entre os empurrões de um mero vizinho
Refugiada, deixas-te ficar num beco a caminho
pela história que te deixou tão maltratada
ela guarda a dor num copo de três com vinho
adormecendo uma mulher simplesmente desesperada
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