Por entre ondas vencidas e rotas incertas, sigo o rasto da espuma de um olhar ....
segunda-feira, junho 13, 2005
Adeus...
Eugenio de Andrade...
Em tua memória Eugénio de Andrade, o poeta do amor e do corpo
tu que me tocaste na alma, adormeceste os meus sentidos...
tu que não morreste... apenas partiste
num dia calmo .. mas cinzento....
" Como se houvesse uma tempestade
escurecendo os teus cabelos,
ou, se preferes, minha boca nos teus olhos
carregada de flor e dos teus dedos;
como se houvesse uma criança cega
aos tropeções dentro de ti,
eu falei em neve - e tu calavas
a voz onde contigo me perdi.
Como se a noite se viesse e te levasse,
eu era só fome o que sentia;
Digo-te adeus, como se não voltasse
ao país onde teu corpo principia.
Como se houvesse nuvens sobre nuvens
e sobre as nuvens mar perfeito,
ou, se preferes, a tua boca clara
singrando largamente no meu peito."
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5 comentários:
... Adeus não, Até breve!
As pessoas não partem para sempre, porque nós não ficamos cá para sempre. Espero um dia ter a hipótese de o ouvir recitar as suas poesias...
Um beijo molhado de lágrimas vertidas pela alma...
Drops
PS - ainda estou a pensar como hei de responder ao teu comentário...
Eugénio de Andrade é sempre uma boa escolha...palavras sempre sábia...palavras bonitas. Beijo
um até breve então para ele... :)
Belo poema para merecida homenagem. Bj
Um poeta de corpo e alma...sem dúvida. Beijo grande :))
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